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terça-feira, 20 de março de 2012

GUARANÁ E A REVOLTA DOS CARANGUEJOS - parte 1







Olá, queridos leitores.

Hoje teremos uma aventura com
Guaraná e Pirrixa contada em duas partes...









GUARANÁ E A REVOLTA DOS CARANGUEJOS – parte 1

        Guaraná levantou da cama e abriu a janela, deixando que os raios do sol entrassem no quarto. Era um dia ideal para viver mais uma aventura, até porque era sábado e ele não tinha que ir à escola.
       - Oba! Acho que vou chamar meu amigo Pirrixa e vamos para o manguezal. – falou Guaraná, pensando alto.
       O manguezal ficava perto do Lago Doce. Os manguezais são terrenos alagadiços perto de lagos, e eles adoravam ir até lá para pegar caranguejos, decápodes que vivem escondidos em buracos na terra. Foi correndo até a casa de Pirrixa e se aprontaram para ir. Os meninos carregaram uma sacolinha, que pretendiam encher de caranguejos, e garantir um delicioso almoço.
       Chegando lá, primeiro foram tomar um copo de suco de mexerica do Lago Doce. Desta vez, Pirrixa não incomodou as abelhas. Deixou-as quietas que é para não ter que sair correndo novamente. Depois caminharam por uma trilha, cheia de mato com espinhos, plantas carnívoras e muitos mistérios. O maior perigo era se deparar com alguma cobra venenosa, mas tudo correu bem, e após meia hora de caminhada chegaram, finalmente, no manguezal. O lugar era sinistro. Uma fina névoa cobria o local, mas os meninos pareciam nem estar ligando para isso. Guaraná olhou em volta para localizar os buracos, onde provavelmente teria caranguejos. Olhando bem de perto viram um escondido bem no fundo de uma toca.  Guaraná preparou a armadilha, que era uma trama de finas tiras de plástico sujas de barro, amarradas em dois gravetos fincados na entrada da toca. Quando o caranguejo saía, não percebia a presença da armadilha e embolava as patas na trama, podendo assim ser capturado facilmente. “Que coragem pegar o carangueijo com a mão!” – Admirou-se Pirrixa ao ver o amigo tirando o caranguejo da armadilha. Guaraná sabia muito bem pegar caranguejos, porque o pai lhe ensinara desde pequeno. Pegaram meia dúzia deles, e já estavam satisfeitos,
porque sabiam que mais do que isso é prejudicial para o ciclo de vida do animal. De repente, ouviram um barulho.
       - Caraca! Está vindo alguém no manguezal! - falou Guaraná para o amigo.
       - Quem será? – perguntou Pirrixa
       - Não sei. - respondeu Guaraná.
       - Vamos nos esconder. Podem ser perigosos.

       Aproximava-se pelo manguezal dois homens catadores de caranguejos. Eram Dalvo e Valdo que pegavam os caranguejos para vender nos restaurantes da cidade.
       A caça predatória é aquela feita de forma descontrolada, sem distinção, capturando caranguejos fêmeas que estão reproduzindo, jovens e pequenos demais, assim reduzindo a população e comprometendo a existência dos bichos. Era justamente o que eles estavam fazendo. Porém, eles não capturavam os caranguejos de forma já conhecida, mas usavam uma mão mecânica que retirava os bichos dos buracos. Assim encheram várias sacolas rapidamente. Os meninos observavam tudo escondidos atrás de um capinzal. Tinham capturado mais de duzentos caranguejos, e os meninos não estava achando isso certo.
       - E agora, como vamos salvar os caranguejos? - perguntou Pirrixa.
       Guaraná coçou a cabeça, sem saber a resposta. O que duas indefesas crianças poderiam fazer para deter os catadores de caranguejos? E ficaram ali, escondidos atrás do arbusto, esperando por alguém que pudesse salvar os pobres bichinhos.

                                                                       . . .


Para ler a parte 2 desta historinha, clique aqui.
Até lá, e um grande abraço.



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