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segunda-feira, 28 de abril de 2014

TURMA DO GUARANÁ E A TRIBO DOS ZUMBIS CABEÇAS DE PORCOS

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Apresento, hoje, uma história inédita, que fala de índios, preservação ambiental, zumbis e outros bichos.



        Era uma manhã ensolarada, e Guaraná estava na praça jogando bolinha de gude com o Pirrixa, quando, de repente, apareceu um velho índio com um saco nas costas.  Na Vila das Crianças já se ouvira falar sobre ele. Dizia o povo que ele morava em Lindópolis muito antes que o mais velho morador da cidade. Os meninos o observaram admirados, e o velho índio também os viu. Guaraná então percebera em seu olhar como se quisesse avisar de algo que estaria por acontecer.  O velho passou, sem olhar para trás. Inesperadamente, caiu do saco que ele carregava, um colar feito com materiais da mata, como cipós e sementes.



       Os meninos caminharam até o colar e o pegaram com admiração. Já o iriam devolver, mas quando olharam em volta procurando pelo velho índio, ele já havia sumido.
       – Minha nossa! O velho índio sumiu!  Para onde ele foi tão rápido, que sumiu das nossas vistas? – Perguntou Pirrixa ao amigo.
       – Parece até assombração! Cruzes! – gritou o Guaraná dando, até, um pulo pra trás.
        Guaraná, mais do que depressa, levou o colar rústico e entregou à Bolacha para que ela pudesse procurar nos livros alguma informação sobre ele, e saber o que estava por trás do velho índio, que se parecia mais com um fantasma – que medo!
       A turma do Guaraná já estava toda reunida, e ficaram surpresos quando Bolacha contou o que um velho livro manuscrito, do tempo da colonização de Lindópolis, contava sobre o índio e seu colar de cipós e sementes. Dizia que as sementes que ali estavam eram símbolos de uma tribo que existiu há muitos séculos atrás, e contava sobre o velho índio que vencera numa batalha a invasão de sua aldeia pelos índios da tribo Cabeças de Porcos, um povo rebelde que conquistava e destruía o povo vencido pra ficar com suas terras e pertences valiosos.
       – Amigos, algo está para acontecer, e o índio nos mandou um aviso deixando este colar cair de propósito. E, pasmem, o velho índio é o fantasma do guerreiro Guayi, que viveu em Lindópolis há 600 anos atrás! – disse a Bolacha.
     Então, a turma toda se arrepiou da cabeça aos pés, gritando:
       – ÓÓÓHHH!
       Mas, o que estaria para acontecer? Este era o grande mistério que as crianças deveriam decifrar, e o colar era a fonte da informação.
       O colar era feito de cipós da mata, que trançados prendiam três sementes. E as crianças discutiam, tentando ver ali algum significado. Nada descobrindo, foram para suas casas para descansarem.
       No dia seguinte, voltaram ao laboratório de Bolacha pra decifrarem o enigma do colar do índio fantasma, o guerreiro que uma vez salvara Lindópolis das garras dos malvados Cabeças de Porcos.
      

       No dia seguinte, ainda de madrugada, coisas estranhas começaram a acontecer pela cidade. Pelas sombras da escuridão, seres misteriosos se moviam, saindo debaixo da terra, quase que rastejando pelos gramados e jardins, por trás das árvores e por entre os becos dos prédios. Ninguém sabia, mas as crianças corriam perigo.
       Logo após o café, as crianças se reuniram no laboratório, e descobriram num livro antigo as informações sobre as três sementes que formavam o velho colar. Então, as meninas liam sobre cada semente, enquanto os meninos apenas ouviam atentos.
       – Esta semente azulada é de uma planta que só nasce no alto da Pedra da Mexerica – disse Tampinha – E dela faz-se um delicioso chá calmante de cor azulada.
       – Também descobri, algo sobre a semente laranja. Ela surge após a florada da Bira-Biru, que produz lindas flores apenas uma vez em toda a sua existência. Seus frutos, quando maduros, explodem lançando as sementes por toda a floresta. Esta semente serve para fazer um chá, e era usado para explodir os inimigos da tribo – disse a Bolacha tremendo de medo.
      – E aqui neste livro, está escrito que as tribos costumavam tomar o chá destas sementes vermelhas ao voltarem da guerra – disse Paulinha.
       Então, Bolacha concluiu:
       – Meninas, prestem atenção! Reunindo estas informações, acabo de concluir a mensagem do nosso amigo índio guerreiro. Todas essas três sementes são nativas das matas de Lindópolis – disse a Bolacha.
       – Soube que há um grande projeto do Senhor Jaimer Cenário de destruir grande parte da Floresta Secreta para construir muitos prédios. Uma verdadeira explosão imobiliária – lembrou Pirrixa.
       – É mesmo! Isso fragilizou o equilíbrio na floresta, enfraquecendo-a e liberando os zumbis Cabeças de Porcos! – gritou Paulinha assustada.
       Quando as crianças descobriram tudo sobre o grande mistério do velho índio guerreiro, bateram na porta do laboratório.
       Tampinha abriu a porta e todos no laboratório gritaram de susto, porque estava na porta cerca de cinco zumbis dos índios Cabeça de Porcos. As crianças assustadas saíram correndo, e como só havia uma saída que era a porta, passaram por cima dos zumbis. As crianças ganharam as ruas gritando “Socorro!”
        – Esperem, amigos! – disse o Guaraná! – Por que estamos fugindo se nós temos a solução!
       – Bem lembrado, Guaraná! – gritou o Pirrixa.
        – Estes zumbis Cabeças de Porcos, depois de haverem dormido por tantos séculos, devem estar com muita sede. Todas as sementes que o velho índio nos deixou servem para fazer chá.
        – Vamos preparar chá gelado para servir para eles! – gritou a Paulinha, que adora preparar um chá.
       Enquanto isso, os zumbis continuavam vagando pela cidade aterrorizando toda a população. As mulheres, homens e crianças estavam desesperados. O caos instalou-se na cidade. O Senhor Prefeito Patonildo procurou a Turma do Guaraná para apresentar uma solução para o problema.
       Chegando no laboratório de Bolacha, o prefeito conversou com as crianças.
       – Ajudem-nos a salvar nossa cidade, crianças! – Tudo já foi feito, e nada derrota esses zumbis Cabeças de Porcos!
       Então, as crianças explicaram sobre o projeto que destruiria parte da Floresta Secreta pra exploração imobiliária, e desta forma despertou a ira da floresta, liberando os zumbis dos índios Cabeças de Porcos.
       Então, o prefeito ordenou:
        – Suspendam imediatamente este projeto devastador e mandem colocar na cadeia qualquer um que fale contra, inclusive o autor do projeto, Jaimer Cenário!
       Em seguida, Guaraná e Pirrixa saíram com um megafone anunciando sobre o chá das cinco, que seria servido gelado e mataria a sede de todos os zumbis espalhados pela cidade. Enquanto isso, as meninas preparavam o chá com as três sementes.


       Às cinco horas da tarde, a praça estava infestada de zumbis dos índios Cabeças de Porcos, que estavam sedentos, babando e com os olhos arregalados.
      As meninas chegaram com o chá, e foram servindo aos zumbis. Quando eles tomavam o chá, davam um sorriso por terem matado a sede, mas subitamente, explodiam, desaparecendo completamente. E assim foi, um a um, até desaparecer o último zumbi.
      No finalzinho da tarde, Lindópolis estava livre dos zumbis Cabeças de Porcos, e a Floresta Secreta estava protegida da exploração de homens gananciosos, mais uma vez.
       O Senhor Prefeito organizou uma grande festa, onde a Turma do Guaraná foi convidada especial, para lembrar o dia da árvore e do velho índio guerreiro Guayi, o protetor da cidade.

FIM

   
 Até a próxima aventura, amiguinho!